((RESENHA)) Objetos Cortantes - Gillian Flynn


Um caso policial que mexerá com seus sentimentos

Camille quer esquecer o seu passado na pequena cidade de Wind Gap, e para isso, começa uma nova vida como jornalista em um jornal de Chicago, entretanto, um novo caso de assassinato em Wind Gap a manda de volta para todas as pessoas que Camille repudia, principalmente sua mãe.
Para uma pequena cidade do estado de Missouri, dois assassinatos no período de um ano é assustador, principalmente quando as vítimas são duas meninas pequenas, que até onde Camille sabe, são inocentes. Todavia, ao reviver suas tristes lembranças da adolescência, Mille percebe que as pessoas de Wind Gap são mais do que "interioranos" inofensivos.
Em meio a relação cada vez mais difícil com sua mãe, as novas dúvidas que surgiram sobre a morte de sua irmã e o contato com Amma (sua meia-irmã), Camille se vê cada vez mais envolvida com os crimes cometidos de forma brutal, e agora, as cicatrizes em seu corpo - que tanto odeia -, podem levar ao verdadeiro assassino e libertar um inocente.
Mas será que o gene do crime é hereditário?

O primeiro livro de Gillian Flynn mostra o talento bruto da autora para criar cenas de crime perfeitas e mentes psicóticas assustadoras, e com Objetos Cortantes, vemos o porquê de Garota Exemplar estar entre os livros mais celebres do ano de 2014, o qual ganhou filme.
Um ponto que valoriza o livro é a personagem principal de personalidade real - diferente do perfeccionismo que é o clichê dos principais -, a qual está sempre em luta com sigo mesmo devido as cicatrizes que contam seu passado, ao mesmo tempo em que nos mostra a podridão dos moradores de Wind Gap.
O livro possui uma crítica à sociedade ao expor os moradores, mostrando seus defeitos e valores questionáveis . A maldade mostrada não só pela meia irmã de Camille, mas por quase todos, nos deixa cada vez mais envolvidos na narrativa, e mexe com nossos sentimentos de forma arrebatadora! Em muitos pontos da história senti a corrupção dos personagens me afetando completamente.
E com toda certeza isso é o que faz Gillian Flynn ser uma autora acima da média!
Além de um mistério que apenas aumenta até o clímax e depois, a autora consegue nos colocar em cada cena narrada, como se fossemos os investigadores.
Os detalhes da narrativa apenas completam o complexo quebra cabeça que é Objetos Cortantes, o qual termina com um final chocante e imprevisível.

Um beijo grande,
Até a próxima

Um comentário

  1. Eu definitivamente amo o livro por fora e por dentro. Gillian Flynn tem o dom de ser uma escritora atual que consegue me convencer a ler seus livros através apenas da sinopse. Isso é um fato. O livro é bem escrito, todo em primeira pessoa e apresenta todos os acontecimentos e personagens sob a dimensão de Camille. A estrutura narrativa é bem montada, não sobra espaço para confusão e o desfecho é levemente deduzível, contudo até o último momento torcemos para que estejamos errados. Por outro lado a série Objetos cortantes estreou no domingo na HBO. Produção é inspirada em livro homônimo de Gillian Flynn. No primeiro episódio, Objetos cortantes vai aos poucos inserindo a história, que envolve tanto o mistério dos assassinatos quanto o mistério envolvendo o passado de Camille, uma mulher receosa da mãe, assombrada pelos fantasmas do passado que envolvem a morte de uma irmã, viciada em bebidas alcoólicas e também em automutilação. Mesmo assim, isso não torna a série lenta. Pelo contrário, ao entregar pouco, a produção faz com que o espectador queira seguir nessa história, que promete muitas reviravoltas. Visualmente, Objetos cortantes também é muito interessante. As cores extremamente fortes das cenas contrastam com a atmosfera de mistério que envolve a história. Outro ponto alto são os debates que a minissérie vai abordar como a relação entre mãe e a filha e, claro, a automutilação, algo que atormenta a vida da protagonista.

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