((NOTÍCIA)) Literatura jovem revela sua força


Envolvidos por conceitos e preconceitos que dizem respeito a suas incríveis capacidades de venda, os best-sellers geralmente são o centro das atenções. 
Conforme um levantamento da PublishNews, que reúne informações das principais editoras do Brasil, das dez obras mais vendidas em fevereiro deste ano, seis destinam-se a esse público. São elas: “Eu fiko loko”, de Christian Figueiredo de Caldas; “Se eu ficar” e “Para onde ela foi”, de Gayle Forman”; “Cinquenta Tons de Cinza” e “Cinquenta Tons Mais Escuros”, de E. L. James; e “Não se apega não”, de Isabela Freitas.
Este fenômeno, no entanto, não é novo, mas revela a interferência da internet e do cinema na literatura. Conforme o professor, editor e escritor Paulo Tedesco, o nicho jovem vem se transformando e fortalecendo desde a publicação do primeiro livro de “Harry Potter”, em 1997. 

“A partir disso, houve um grande avanço em relação às temáticas da juventude, fazendo com que as histórias se aproximem mais dos jovens pela essência urbana que manifestam”, reflete.

Assim como a saga de J. K. Rowling, as obras de Gayle Forman e E. L. James ganharam filmes baseados em suas histórias. Porém, por mais que isso ajude a transformá-los em alguns dos principais best-sellers da atualidade, isso não significa que seus leitores estão mais inseridos na literatura como um todo.
 “A maior influência das adaptações cinematográficas é dar fôlego ao mercado editorial, já que causam vendas de produtos específicos, mas não se pode dizer que elas contribuem para inserir esse público no universo da literatura. No máximo, vão despertar interesse por trabalhos do mesmo gênero”, considera Paulo. Ele ainda acredita que os filmes tornam o livro uma moda passageira, “e assim que sai de cartaz, tende a levar o livro ao esquecimento”.

Por outro lado, o papel da internet se torna cada vez maior e mais sólido. Exemplos disso são os livros do vlogger Christian Figueiredo de Caldas e da blogueira Isabela Freitas, que ficaram, respectivamente, em segundo e sexto na lista dos mais vendido no país no último mês. 

Para Paulo Tedesco, o que está por trás disso é a capacidade que as redes sociais possuem de criar vínculos. “O que acontece nesses casos é que a internet aproxima o escritor do leitor, que acaba se interessando não apenas por uma obra ou gênero específico, mas por tudo que escritor gosta ou indica”, afirma. 

Se a relação fala do comportamento de fãs, também mostra que o mundo digital pode servir como um termômetro para a literatura, no qual é possível conhecer as necessidades e o gosto do público. Além disso, Paulo acredita, a partir da internet, o nome de novos e antigos escritores se populariza, o que desperta a vontade de conhecer sua obra.

Até a próxima,
Um grande beijo.

Fonte: Correio Popular adaptado

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